terça-feira, 25 de maio de 2021

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

 

SUJEITO E PREDICADO

 

SUJEITO  é o termo da oração com o qual o verbo concorda em número e pessoa; é o elemento sobre o qual se declara alguma coisa.

Os cidadãos lutam por seus direitos.

Todos compareceram.

Vieram de longe alguns objetos de cerâmica.

                       

O sujeito pode aparecer em diferentes posições na oração: no início, no meio  ou no final dela.

Para se encontrar o sujeito de uma oração, pergunta-se "o quê? ou quem?"  ao verbo:

 

Os professores participaram da festa.

Quem participou da festa? Os professores.

O sujeito da oração é "os professores".

 

O sujeito pode ser representado por uma única palavra ou por um conjunto de palavras. Nesse último caso, sempre haverá uma palavra de maior importância, que será o núcleo do sujeito, geralmente um pronome, numeral, substantivo ou palavra substantivada.

A secretária da diretoria pediu dispensa do trabalho.

 

PREDICADO é tudo aquilo que se declara sobre o sujeito (quando ele existe). É o único termo realmente essencial na oração. Em todo predicado existe, obrigatoriamente, um verbo ou uma locução verbal.

Os professores participaram da festa.

 

Obs.: Uma vez localizado o sujeito de uma oração, tudo aquilo que sobra (exceto o vocativo) é predicado. Quando uma oração não tem sujeito, o sujeito está indeterminado ou oculto, ela toda é predicado.

 

 

Disposição do Sujeito na Oração

Dependendo da intencionalidade discursiva do falante/escritor, a ordem dos termos essenciais da oração pode ser alterada. Isso significa que, caso o falante/leitor deseje evidenciar mais o sujeito do que a ação realizada, ele traz o sujeito para o início da oração para que ele ganhe maior destaque do que a ação realizada (predicado). Caso ele queira evidenciar mais a ação do que o sujeito, o falante/escritor traz para o início da oração o predicado, evidenciando-o e, em seguida, insere o sujeito.

Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar na:

 

Ordem Direta

Nesse caso, o sujeito é colocado na oração antes do predicado, ou seja, você tem: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS, nessa ordem.

 

As mães preocupam-se muito com os filhos.

Os perfumes me dão alergias no pescoço.

Os bebês adoram tomar banho e ouvir músicas de ninar.

 

Ordem inversa

Na ordem inversa, o sujeito é disposto depois do predicado, ou seja, qualquer alteração na ordem direta caracteriza ordem inversa.

Arrombaram a janela com a maior facilidade os bandidos.

Pediram desculpas os alunos do terceiro ano.

Precisam ser pintadas essas paredes.

        

Sujeito no meio do Predicado

Os sujeitos no meio do predicado também se configuram como sendo uma ordem invertida. Como o próprio nome diz, nessa inversão, o sujeito aparece entre os termos do predicado.

Apavorados, os passageiros desceram do avião.

Despreocupados, os alunos fizeram a prova de recuperação.

 

 

EXERCÍCIOS

1. Nas orações a seguir, localize o sujeito e o predicado.

 

a)A decisão do governo ainda não foi divulgada.

 

b)O rapaz procurou a ajuda dos amigos.

 

c)Aconteciam muitos fatos estranhos naquele lugar.

 

d)Existem muitos candidatos interessados na vaga.

 

e)Entristeceu-me profundamente a sua indiferença.

 

 

2. Monte orações a partir dos elementos oferecidos em cada um dos itens a seguir, fazendo a devida concordância, mantendo a ORDEM DIRETA.

 

a)Tocar / os sinos da catedral / de hora em hora

 

b)Ocorrer / várias idéias brilhantes / durante a noite

 

c)Faltar / três alunos / ontem

 

d)Acontecer / acidentes graves / último domingo

 

e)Desabar / fortes chuvas / mês passado

 

3.Inverta a posição dos elementos básicos das orações a seguir de forma que o elemento sobre o qual se informa algo apareça após a informação dada.

 

a)O vendaval virou alguns barcos.

 

b)A tempestade passou.

 

c)Nosso interesse foi reconhecido por todos.

 

d)Um fato inesperado aconteceu.

 

e)Os estudantes participaram das manifestações

 

4. Sublinhe o sujeito e circule a palavra que funciona como núcleo.

 

a)O locutor anunciava as promoções.

 

b)Chegaram ao Brasil o presidente e o primeiro-ministro.

 

c)Foi oferecido um jantar a todos os convidados.

 

d)A África do Sul está descobrindo o valor de suas riquezas.

 

e)O passageiro reclamou do atraso .

 

 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO

 Para que possamos compreender a sintaxe da Língua Portuguesa, ou seja, o conjunto das relações que as palavras estabelecem entre si, é necessário, antes de tudo, estudarmos a respeito dos enunciados e suas unidades, os quais apresentam características estruturais próprias: a Frase, a Oração e o Período. Vejamos cada um deles!

 

FRASE

A frase pode ser definida por seu propósito comunicativo. Isso significa que Frase é todo enunciado capaz de transmitir, de traduzir sentidos completos em um contexto de comunicação, de interação verbal.

Se eu digo “Oi”, tal expressão constitui uma frase por estar carregada do sentido de “cumprimentar alguém informalmente”.

A frase não oracional é aquela que não possui verbo, como é o caso do exemplo dado acima. Pode ser constituída de somente uma ou de mais palavras.

Que belo trabalho!

Bom dia!

Silêncio!

 

Já a frase oracional, comumente chamada de oração, é aquela que contém um verbo ou uma locução verbal.

Você está bem?

Joana foi falar com o chefe hoje.

 

Observe algumas características das frases:

*O início e o final da frase são  marcados, na escrita, por  pontuação específica (. ! ? …)

 

*Na fala, o início e o final da frase são marcados por uma entoação característica. Não se esqueça de que a entoação é a forma como os falantes associam o contorno da expressividade, como é visto na frase interrogativa ou declarativa;

*Podem ser elaboradas por uma única ou por várias palavras;

*Podem apresentar um verbo ou não;

*Na escrita, os limites da frase são indicados pela letra inicial maiúscula e pelo sinal de pontuação (. ! ? …).

Observe alguns exemplos de frases:

– Ai!

– Socorro!

– O quê?

– Mas que coisa terrível!

– Quanta bagunça...

– Que tragédia!

– Como assim?

– Tenho muito a fazer.

– Fogo!

 

Tipos de Frases

Frases interrogativas diretas: Entonação de pergunta. Geralmente, é finalizada com ponto de interrogação (?).

Que dia você volta?

 

Frases interrogativas indiretas (sem o ponto de interrogação): Eu quero saber que dia você volta.

 

Frases exclamativas: Entonação expressiva, reação mais exaltada. Geralmente, finalizada com ponto de exclamação ou reticências (! …).

Que horror!

 

Frases declarativas: Não são marcadas pela entonação expressiva ou intencional. Geralmente apresentam declarações afirmativas ou negativas e são finalizadas com o ponto final (.).

Amanhã não poderei levantar.

 

Frases imperativas: Enunciado que traz um verbo no modo imperativo. Geralmente sugere uma ordem e é finalizado pelos pontos de exclamação e final (! .).

Fale mais baixo!

 

Frases Optativas (expressam um desejo): Tomara que ele consiga chegar primeiro.

 

ORAÇÃO

A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de um verbo. Na verdade, a oração é caracterizada, sintaticamente, pela presença de um predicado, o qual é introduzido na língua portuguesa pela presença de um verbo. Geralmente, a oração apresenta um sujeito, termos essenciais, integrantes ou acessórios.

Corra!

– Esses doces parecem muito gostosos.

– Chove muito no inverno.

O verbo da oração poderá também estar implícito ou oculto. Neste caso, se for possível identificar qual verbo estaria na frase, esta constitui também uma frase oracional, ou seja, uma oração. Veja: “No mar, tanta tormenta e tanto dano”. (Camões)

Neste exemplo, temos o verbo haver oculto (No mar tanta tormenta...). Quando tal situação ocorre, é comum utilizarmos a vírgula para marcar a posição deste verbo.

 

Temos a locução verbal quando observamos a presença de dois verbos juntos, porém, representando apenas um sentido.

Ex. Eu vou viajar amanhã. (= viajarei)

 

PERÍODO

O período é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado construído por uma ou mais orações e possui sentido completo. Na fala, o início e o final do período são marcados pela entonação e, na escrita, são marcados pela letra maiúscula inicial e a pontuação específica que delimita sua extensão. Os períodos podem ser simples ou compostos.

 

Períodos simples

São aqueles constituídos por uma oração, ou seja, um enunciado com apenas um verbo e sentido completo.

Os dias de verão são muito longos!

 

Período compostos

São aqueles constituídos por mais de uma oração, ou seja, dois ou mais verbos.

Maria me ligou para dizer que não virá mais tarde. (Período composto por três orações: verbos ligar, dizer e vir.)

 

https://www.portugues.com.br/gramatica/frase-oracao-periodo.html


PLURAL DOS SUBSTANTIVOS

 

Plural dos Substantivos Compostos

 

A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:

 

aguardente / aguardentes

girassol / girassóis

pontapé / pontapés

malmequer / malmequeres

 

Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as orientações a seguir:

a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural:

palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves

couve-flor = couves-flor ou couves-flores

bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios

peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas

 

b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:

substantivo + adjetivo = amor-perfeito / amores-perfeitos

adjetivo + substantivo = gentil-homem  / gentis-homens

numeral + substantivo = quinta-feira / quintas-feiras

 

c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:

verbo + substantivo = guarda-roupa / guarda-roupas

palavra invariável + palavra variável = alto-falante / alto-falantes

palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

 

d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:

substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia / águas-de-colônia

substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor / cavalos-vapor

 

e) Permanecem invariáveis, quando formados de:

verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora

verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas / os saca-rolhas

 

f) Casos Especiais

o louva-a-deus e os louva-a-deus

o bem-te-vi e os bem-te-vis

o bem-me-quer e os bem-me-queres

o joão-ninguém e os joões-ninguém.

 

"Plural dos Substantivos Compostos" em Só Português. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2021. Consultado em 17/05/2021 às 08:35. Disponível na Internet em https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf28.php

 

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES

Embora existam diversas classes gramaticais que admitem flexão em número: substantivos, adjetivos, artigos, pronomes, numerais e verbos, as regras de formação do plural da língua portuguesa incidem na formação do plural dos substantivos.

A principal regra de formação do plural indica que se deve acrescentar -s à palavra no singular:

 

amiga - amigas;

bolo - bolos;

troféu - troféus;

degrau - degraus.

 

Esta regra se refere, principalmente, aos substantivos terminados em vogais ou em ditongos. Existem, contudo, outras regras para a formação do plural de substantivos que não apresentam essas terminações.

 

Substantivos terminados em -r, -z e -s

A formação do plural dos substantivos terminados em -r, -z e -s é feita acrescentando -es à palavra no singular.

 

-r no singular para -res no plural:

mulher - mulheres;

hambúrguer - hambúrgueres;

açúcar - açúcares;

mar – mares;

bar – bares.

 

-z no singular para -zes no plural:

raiz - raízes;

gravidez - gravidezes;

avestruz - avestruzes;

rapaz - rapazes.

 

 

 

-s no singular para -ses no plural:

português - portugueses;

país - países;

revés - reveses;

freguês - fregueses.

 

Exceção à regra: Quando os substantivos terminados em -s são paroxítonos, a formação do plural fica invariável:

lápis - lápis;

atlas - atlas;

pires - pires;

ônibus - ônibus;

vírus - vírus.

 

Substantivos terminados em -ão

A formação do plural dos substantivos terminados em -ão pode ser feita de três formas distintas: -ões, -ãos, -ães.

 

-ão no singular para -ões no plural:

A maioria dos substantivos terminados em -ão forma o plural com -ões:

opinião - opiniões;

coração - corações;

eleição - eleições.

 

-ão no singular para -ãos no plural:

Todos os substantivos paroxítonos terminados em -ão formam o plural com -ãos. Alguns substantivos oxítonos também têm o seu plural formado segundo essa regra:

 

órfão - órfãos;

sótão - sótãos;

órgão - órgãos;

cidadão - cidadãos;

irmão - irmãos;

cristão - cristãos.

 

-ão no singular para -ães no plural:

Alguns substantivos terminados em -ão formam o plural com -ães.

pão - pães;

capitão - capitães;

alemão - alemães;

charlatão - charlatães.

 

-ão no singular para duas formas no plural:

Alguns substantivos terminados em -ão admitem duas (ou até três) formas no plural:

refrão - refrãos ou refrães;

corrimão - corrimões ou corrimãos;

guardião - guardiões ou guardiães;

vilão - vilões, vilãos ou vilães.

 

 

 

Substantivos terminados em -l

A formação do plural dos substantivos terminados em -l segue duas regras. Nos substantivos terminados em -al, -el, -ol e -ul há a substituição do -l por -is. Já nos substantivos terminados em -il há a substituição do -l por -s se forem oxítonos e a substituição de -il por -eis se forem paroxítonos.

-al, -el, -ol, -ul no singular para -ais, -éis, -óis, -uis no plural:

varal - varais;

aluguel - aluguéis;

lençol - lençóis;

 

-il no singular para -is no plural:

canil - canis;

fuzil - fuzis;

refil - refis.

 

-il no singular para -eis no plural:

fóssil - fósseis;

míssil - mísseis;

réptil - répteis.

 

Substantivos terminados em -m

A formação do plural dos substantivos terminados em -m é feita pela substituição no -m por -ns.

 

-m no singular para -ns no plural:

garagem - garagens;

jardim - jardins;

bombom - bombons.

 

Substantivos terminados em -n

A formação do plural dos substantivos terminados em -n pode ser feita pelo acréscimo da consoante -s ou pelo acréscimo de -es.

 

-n no singular para -ns ou -nes no plural:

pólen - polens ou pólenes;

hífen - hifens ou hífenes;

abdômen - abdomens ou abdômenes.

 

Substantivos terminados em -x

A formação do plural dos substantivos terminados em -x é invariável, mantendo a mesma forma da palavra no singular.

 

-x no singular para -x no plural:

o tórax - os tórax;

o látex - os látex;

o ônix - os ônix.

 

Particularidades na formação do plural

Algumas palavras apresentam algumas particularidades com a formação do plural.

 

Alteração de ô para ó com a formação do plural

Em algumas palavras ocorre PLURAL METAFÔNICO, alteração de pronúncia com a formação do plural. Palavras com o fechado tônico (ô) no singular passam para o aberto tônico (ó) no plural. Essa alteração na pronúncia não ocorre em todos as palavras com o tônico fechado no singular.

 

ô no singular para ó no plural:

ovo - ovos;

torto - tortos;

jogo - jogos;

porco - porcos.

ô no singular que mantém ô no plural:

esposo - esposos;

bolso - bolsos;

almoço - almoços;

acordo - acordos.

 

Alteração de sílaba tônica com a formação do plural

Em algumas palavras ocorre alteração da sílaba tônica com a formação do plural:

 

caráter - carateres (de rá para te);

júnior - juniores (de jú para o);

sênior - seniores (de sê para o).

 

Alteração de significado com a formação do plural

Em algumas palavras ocorre alteração de sentido com a formação do plural:

bem (corretamente) - bens (posses);

féria (remuneração) - férias (descanso);

avó (vovó) - avós (duas avós ou avô e avó ou antepassados);

pai (papá) - pais (dois pais ou pai e mãe).

 

Nota: Alguns substantivos são usados sempre no plural: parabéns, óculos, trevas, afazeres, confins,...

 

quinta-feira, 13 de maio de 2021

GÊNERO DO SUBSTANTIVO

 

O substantivo varia em gênero, número e grau.

GÊNERO (masculino/ feminino).

Quanto ao gênero, os substantivos podem ser:

BIFORMES – apresentam duas formas: uma para o masculino e outra para o feminino.
Gato/gata, aluno/aluna, homem/mulher.


A mudança de gênero pode ser marcada pelas desinências a/o ou pela alteração do próprio radical (heterônimos).


UNIFORMES – apresentam uma única forma para os dois gêneros: jacaré, dentista, vítima, testemunha...


Os substantivos uniformes podem ser:


Epicenos – designam animais de ambos os sexos: jacaré, cobra, onça, peixe...

Comuns de dois gêneros – designam pessoas. A distinção entre masculino e feminino é feita através do artigo ou de outra palavra determinante.: o artista/ a artista; aquele jornalista/ aquela jornalista ; jovem bonito/ jovem bonita.


Sobrecomuns – apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos: a testemunha, a criança, o cônjuge, a vítima.

Obs.: Gênero gramatical e sexo dos seres não é a mesma coisa.

Caneta é um substantivo feminino; o objeto, todavia, não possui sexo. Testemunha é um substantivo feminino apesar de designar pessoas de ambos os sexos. Jacaré é um substantivo masculino. Para distinguir o sexo do animal (não do substantivo), usamos as palavras macho ou fêmea.


Há substantivos que quando mudam de gênero, mudam de sentido:


o cabeça(chefe)  / a cabeça(parte do corpo)

o rádio(aparelho) / a rádio(estação)

o lotação(veículo) / a lotação(capacidade)